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Brasil, um coração que acolhe: uma chance de recomeço

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De professora a refugiada: a venezuelana Francia Venez chegou a Boa Vista/RR em janeiro de 2018. Veio da Venezuela em busca de uma chance de se reerguer e prover para sua família, já que comida, remédio e trabalho em seu país estão escassos há um tempo, e o pouco que tem são excessivamente caros. Lá recebia 792.000 bsf por mês, o equivalente a mais ou menos R$ 20, um valor que não dá para comprar nem 1kg de frango. Em abril deste ano conseguiu uma vaga no Centro de Acolhimento da Fraternidade sem Fronteiras em Boa Vista, antes disso, dormia em um galpão cedido por um senhor que se compadeceu ao vê-la na rua com seus três filhos. Foi lá que conheceu a Valéria Terra, madrinha e voluntária da FSF que fez o cadastro dela na plataforma online do Trabalhar para Recomeçar. “Quando eu voltei para Boa Vista em julho, a Francia me contou que estava muito difícil conseguir trabalho e que estava preocupada com a mãe dela na Venezuela”, explicou Valéria, que acrescentou, “foi então que ofereci a ela um emprego de doméstica na minha casa e ela aceitou”.

As passagens para trazer a mãe foram doadas por voluntários e amigos da causa. Assim, Francia viajou de volta a Venezuela e trouxe a mãe para o Brasil. As duas agora vivem em Porto Velho uma nova vida. As crianças já estão na escola e a expectativa de uma boa fase é alta. “Acho muito interessante como a gente ama e se aproxima das pessoas. Desde a minha primeira ida até a segunda eu e a Francia sempre mantivemos contato por telefone e eu não conseguia esquecer a história dela”, contou Valéria, que acrescentou, “eu não podia deixar ela lá, eu sabia que tinha que fazer alguma coisa”.

A casa que a Francia mora em Porto Velho foi alugada através da união de 10 padrinhos da Fraternidade sem Fronteiras. “Nós também fizemos uma campanha na internet para arrecadarmos os móveis da casa”, explicou Valéria.

“Para mim, acolher a Francia e sua família é uma oportunidade de fazer o bem e colocar o amor em prática. É uma forma de fazer algo para minimizar o sofrimento que essa família e tantas outras têm passado. Que Deus continue nos iluminando e amparando para dar continuidade a este trabalho no bem”, declarou Renata Silva, voluntária que também ajudou no processo de acolhimento da família.

“O meu maior sonho agora é ter uma vida boa com os meus filhos e isso é o que a Fraternidade sem Fronteiras representa pra mim: uma grande ajuda para recomeçar”, finalizou Francia que explica que o processo de adaptação está correndo bem. “O que eu mais sinto falta na Venezuela é do abraço dos meus alunos. Mas hoje não quero mais voltar, quero morar no Brasil”.

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